segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Superando Dificuldades: Resiliência (Parte II)

Com o tempo, cada vez mais, são feitas novas pesquisas sobre resiliência , e novas interpretações vem surgindo a partir destas. Segundo Melilo e Ojeda (2005), existem oito novos enfoques sobre resiliência, que estão diretamente relacionados com o desenvolvimento humano.


1. A resiliência está diretamente ligada ao desenvolvimento humano. Também há diferentes níveis para cada idade e para cada sexo;


2. Para que alguém promova fatores de resiliência e tenha condutas resilientes, é necessário que se criem estratégias diferentes. Para cada situação, são exigidos comportamentos diferentes;


3. O nível socioeconômico e a resiliência não possuem relação. Não é porque você não possui dinheiro que deixará de ser resiliente;


4. O conceito de resiliência é diferente do conceito de fatores de risco e fatores de proteção;


5. O nível de resiliência pode ser medido, e é parte da saúde mental e da qualidade de vida. Há sujeitos mais resilientes que outros, e essa diferença pode ser detectada.


6. Ao estar abertos a novas ideias, as diferenças culturais entre adultos diminuem, contribuindo para o seu desenvolvimento;


7. O conceito de resiliência é diretamente relacionado aos conceitos de prevenção e promoção de saúde;


8. A resiliência é um processo, dividido em: Fatores de resiliência, comportamentos resilientes e resultados resilientes.


Diagrama do Processo de resiliência: Fatores de resiliência (antes da ação) promovem, durante a ação, comportamentos resilientes. Comportamentos resilientes, por sua vez, depois da ação, promovem resultados resilientes.


Os fatores de resiliência, por sua vez, se subdividem em quatro categorias:

1. Eu tenho (relacionado às pessoas das quais o indivíduo recebe apoio para que exerça comportamentos resilientes), como alguém que nos impõe limite para que possamos evitar problemas;
Os pais, muitas vezes, impõem limites para que seus filhos evitem perigos.


2. Eu sou (relaciona-se com as atitudes que eu tenho para com o mundo);
Respeito: Um promotor de resiliência.


3. Eu estou (relaciona-se principalmente à responsabilidade e segurança que o sujeito tem sobre seus comportamentos), e


4. Eu posso (relaciona-se com a capacidade de apresentar comportamentos assertivos, ou seja, apresentar comportamentos funcionais de acordo com o momento onde tal conduta é exigida, como dizer a alguém que está se sentido mal por algo que assusta ou inquieta).


Ou seja, conhecer a nós mesmos é algo essencial, além de conhecermos o ambiente em que estamos inseridos. Isso nos ajuda a superar as adversidades que surgem, de forma assertiva.







Referência:
Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas / [organizadores] Aldo Melilo, Elbio Néstor Suárez Ojeda e colaboradores ; tradução Valério Campos - Porto Alegre: Artmed, 2005. 160 p. ; 23 xm.

2 comentários:

  1. Muito bons os textos! Resiliência é algo super importante na investigação psicológica. Essa capacidade de superação e enfrentamento das mais diversas situações faz muita diferença para o individuo.

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  2. Com certeza. A depender do nível de resiliência, o tratamento também se torna mais eficaz. Para o que não tem isso bem desenvolvido, nós da Psicologia auxiliamos na criação de estratégias para o desenvolvimento dessa resiliência.

    Abraço.

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